Primeiro transplante renal realizado no Hospital Marieta completa um ano e instituição comemora desafios e conquistas desse período

  • ITAJAÍ -
  • 03/10/2019
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De outubro de 2018 até o momento o Hospital já realizou 22 transplantes renais bem sucedidos

No sábado (5/10), o Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen celebra um ano do primeiro transplante renal da instituição e o sucesso do procedimento. Nesta mesma data em 2018, a jovem Rebeca Caetano Pereira, na época com 17 anos, ganhou um novo rim e a esperança de uma vida com qualidade. Rebeca, moradora de Itapema, descobriu uma doença crônica nos rins mesmo sem histórico na família. Foi encaminhada para diálise, e começou então a busca por um transplante.

A jovem fez todos os exames no Hospital Marieta e em pouco mais de um mês chegou a boa notícia. Uma ligação confirmou que o órgão compatível estava chegando. A cirurgia comandada pela equipe do médico nefrologista André Barreto levou três horas e foi um sucesso. Um ano depois, Rebeca leva uma vida normal e saudável. “Temos sorte de comemorar um ano dessa data tão especial que trouxe a oportunidade de uma vida nova e mais confortável para todos os pacientes renais. Só tenho a agradecer por todo cuidado e carinho recebido e desejar esperança e paz para todos que estão na espera pelo transplante. Que possamos ter força para nunca desistir de lutar e fazer isso com alegria. Meus sinceros agradecimentos e que o dia da ligação da equipe de transplante chegue para todos que a esperam”, finaliza Rebeca.

De acordo com o nefrologista, a primeira cirurgia abriu um caminho para inovar e para ajudar centenas de pessoas. “Um transplante reduz em até 10 vezes a chance de mortalidade dos pacientes e garante uma vida praticamente normal. É necessário fazer o uso de um remédio diariamente, porém, fora isso, a rotina é de uma pessoal totalmente saudável”, comenta o médico.

Estima-se que atualmente exista em todo o mundo 850 milhões de pessoas com doença renal, sendo que a doença renal crônica causa pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano e nesses casos o transplante é uma possibilidade de tratamento para os pacientes que sofrem com o avanço da doença. “Neste procedimento, um rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é doado a um paciente com doença renal crônica avançada. Por meio da cirurgia o rim é implantado no paciente e então começa a exercer as funções de filtração e eliminação de líquidos e toxinas”, explica o doutor André.

O Hospital Marieta tem independência total para a realização de cirurgias de transplante renal, ou seja, dispõe de um serviço 100% completo para realizar esse procedimento. “O Hospital é inovador neste trabalho no estado de Santa Catarina, realizando quase a totalidade dos exames pré-transplante no próprio hospital e é capacitado para, na maioria das vezes, finalizar os exames em menos de um mês”, completa o médico.

Santa Catarina tem poucos pacientes aguardando atualmente pelo transplante em relação à média nacional. São menos de 10% no estado, enquanto a média no país é em torno de 17%. Tendo em vista esses dados, o ambulatório de pré-transplante do Hospital Marieta está vago e com grande capacidade para atender a população, podendo contribuir na tentativa de inserir os pacientes em diálise na lista de espera para um transplante renal com mais rapidez, realizando as cirurgias com resultados positivos, já esperados para um centro de alta qualidade.



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